Texto de Júlio Mendes Galvão, modelo deste ensaio:
“Raízes;
A base que sustenta
Toda a estrutura.
Permitem o crescimento,
do caule até as folhas.
Carregadas de poder,
empoderadas com uma carga superior.
Mas dos grandes aos pequenos,
Nada escapa à lei do ápice e do declínio
E chega sempre um momento
Em que a raiz é o que lhe impede de voar.
Chega um ponto em que há de se aceitar;
Não titubear ante o prsóprio enfrentamento.
Superar o apego e de si mesmo, o fascínio;
Liberar-se para ser pleno.
… no sofrimento que aprendemos a valorizar
aquilo que de fato é o que mais valor tem:
Companheirismo;
Confiança;
Amizade.
… pois é o sofrimento que nos ensina verdadeiramente
O que é a felicidade.
O ocaso a tudo se faz presente;
… apenas o fluxo natural
De nossas realidades.
O acaso repete-se, reticente:
Desdobra-se em sincronicidade, afinal.
E assim ligam-se todas as idades.
Renovar-se envolve portanto
Deixar-se levar.
A catarse envolve-o de um tanto
Que chega mesmo a brilhar.
Assim transbordam-se no encontro
o velho e o novo
O pai e o filho
Em harmônico confronto.
Se toda a dualidade que se faz presente
Confunde sua cabeÁa
Veja que atrás e à frente
Bem e mau, sozinho ou casal
São apenas um extremo artificial
Preto e branco norteiam o racional
Mas apenas tons de cinza
Configuram o real”
Júlio Mendes Galvão
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