As cores vibrantes que permeiam o mundo moderno uma vez já foram feitas de tecido cru, de tintas naturais, de geometrias carregadas de simbologia e paciência.
Em viagem ao Panamá e à Guatemala, as duas pátrias que limitam a América Central, tive a chance de observar alguns dos chamados “nativos”, habitantes de terras em extinção, territórios distantes que ainda os abrigam da marcha civilizatória. Observei ali vidas cotidianas de extrema simplicidade mas coloridas pela complexidade de tradições milenares, aspectos constantemente velados por uma aversão natural a serem fotografados.
Por quanto tempo mais olharemos com um espanto segregador para essas jóias coloridas em um mundo insípido?