Há duas semanas, em Brasília, estive na manifestação do dia 15 de março. Não como partidário de um lado ou de outro da feitura da história, mas por gostar de observá-la de perto. Publiquei as fotos no blog e, como já esperava, houve gente que ali se identificou, e houve gente que logo repudiou o convite que fiz à convivência com aqueles que se expressavam nas ruas. Minha mensagem era simples: aprendamos a conviver com a diferença, ainda que às vezes ela ultrapassa o compreensível, o tolerável, o respeitoso.
Ontem, ao retornar de um trabalho que vim fazer em São Paulo, me deparo, por acaso, com uma manifestação na Avenida Paulista. Novamente como testemunha, arrisquei alguns cliques. Por pouco que tenha ficado ali, senti ressoar nesta manifestação uma causa mais profunda que os gritos desaforados da manifestação anterior, ainda que ambas sejam em protesto ao presente governo. A educação era a pauta, e as demandas, claras, entoavam um coro mais uniforme. Mas aí já sou eu emitindo julgamento, e prefiro abster-me dessa prática o quanto puder, ainda que muitas vezes falhe na tarefa. Para mim, melhor ser observador a emissor de juízo.
E aqui um artigo que gostei bastante, esclareceu a sensação que tive ao presenciar um protesto de Junho de 2013 e o do último 15 de março: Blog Convergência